Na grande maioria das religiões ocidentais o Divino é adorado com um Pai e não como uma Mãe. Esse Pai celestial é geralmente retratado como um Deus ciumento, ameaçador e ríspido, um juiz severo que pune aqueles seus filhos que violam suas leis aparentemente arbitrárias. Protestantes, Cristãos e Muçulmanos baniram a Mãe Divina de suas religiões. Católicos e Cristãos Ortodoxos Gregos aceitaram o feminino como a mãe de Jesus, não como uma Deusa por si própria, apesar de que a devoção à Madonna é a força mística mais viva e forte na Cristandade.
O Sanatana Dharma como tradição universal reconhece a importância da Mãe Divina. De acordo como o Hinduísmo, a relação mais profunda que podemos ter com Deus é a da Mãe. Nenhuma relação humana é mais íntima do que a de uma mãe e sua criança. Ela é a que melhor espelha nossa relação com Deus. A própria Índia é olhada
No mundo moderno, já que estamos reconhecendo a igualdade dos sexos, não faz mais sentido rejeitar o aspecto feminino da Divindade. A rejeição do aspecto feminino do Divino – que inclui bondade, tolerância e cuidado – é responsável por grande parte da animosidade religiosa e guerras santas que devastam a humanidade pelos últimos 2.000 anos.
Que religião promoveu agressivamente a crença na Divina Mãe? Que foma de religião fundamentalista ou exclusivista já foi feita em nome da Deusa? Quem poderia matar pessoas em nome de um Deus chamado Mãe? Que Mãe condenaria seus próprios filhos como pecadores, não importando o quanto eles caíram em pecado? Quem poderia dizer: “Acredite na Divina Mãe ou você irá pro inferno”? O Hinduísmo, a maior religião que já honrou e ainda honra a Deusa, nunca promoveu hostilidade religiosa, e nunca criou idéias como condenação eterna.
A mulher é a forma do Divino. Ela representa o Divino incorporado. Sua adoração requer a criação de formas apropriadas para reverenciá-la. Devemos criar imagens da Mãe Divina para permitir suas graças de cura, que são essenciais para a paz mundial. Sem reconhecer as formas da Mãe Divina, nossas religiões se desequilibram e acabam por gerar os excessos no comportamento humano que nós já conhecemos tão bem...
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